Mergulhando com Tubarões durante a Manta Fest
Texto de: B_rad
Os deuses do tempo estão sorrindo para nós na Manta Fest aqui em Yap! As condições de hoje estavam sensacionais.
Os participantes já registraram entre 6 e 10 mergulhos, dependendo de quererem fazer um terceiro e quarto do dia, durante a tarde.
Hoje nós fotografamos em grande angular pela manhã e muitos hóspedes estavam atarefados com suas lentes macro para uma sessão à tarde.
O tempo de fundo esta semana está longo; esta manhã David Fleetham nos mostrou como fotografar em Vertigo e puxou quase 110 minutos de seu primeiro cilindro, e mais de cem de seu segundo… tirando mais de mil fotos antes do almoço!
O barco de Macro que sai apenas cinco minutos laguna adentro voltou duas horas depois, no mergulho do terceiro cilindro de hoje.
Estamos lidando com criaturas grandes e pequenas e já está na hora de “vazar” algumas fotos da competição – já estou querendo ver como é que a coisa está avançando. Meu pendrive está lá na operadora só aguardando pra fazer alguns uploads…
Os primeiros mergulhadores a carregarem lá as suas visualizações rápidas vão ganhar uma galeria aqui no Blog e você poderá curti-las no Facebook para começar um julgamento não-oficial: www.facebook.com/mantaraybay
Por esses dias os barcos andam transportando mais valor em câmeras e equipamentos do que o valor do próprio barco!
Esta manhã estava mais com cara de “Shark Fest”, com mergulhos consecutivos de tubarões com a equipe Manta Ray Bay.
Insights dos Profissionais da Manta Fest
Hoje eu fui no barco de David e já no píer pedi a ele algumas sugestões sobre iluminação.
Começar a mexer com fotografia DSLR significa aprender sobre aberturas e velocidades, e depois iluminação adequada. As palestras á noite vem demonstrando fundamentos da fotografia de maneira excelente, com uma enorme experiência dos pros disponível a todos aqui na Manta fest.
Depois de assistir às aulas de David e Marty sobre o uso da luz natural e também às apresentações noturnas, eu abusei de alguns privilégios da Manta Fest e, enquanto esperava o barco sair, pedi ajuda, aproveitando essas décadas de conhecimento fotográfico que estavam aqui ao meu lado.
Recebi em resposta conselhos bem particulares para os ajustes de meu equipamento e para o point de mergulho específico onde estava indo.
Ele começou com um par de perguntas e então discorreu sobre o ambiente a ser fotografado.
Em Vertigo, há tanta ação que o seu alvo se move muito e ajustes puramente manuais acabam sobrecarregando o fotógrafo.
Ele sugeriu que eu tentasse deixar a câmera fazer parte do trabalho, e me deu um ponto de partida.
“O que você vai fotografar? Que lentes você tem?” – Canon/Tokina 10-17.
David me disse que a minha lente trabalha melhor com F11 (e explicou o por que), me sugeriu usar o modo Prioridade de Abertura para segurar a f-stop, usar meu ajuste de ISO para aumentar a velocidade do obturador nos 100´s de segundo e daí clicar em modo strobe TTL. Esse foi meu ponto de partida, e durante nosso intervalo de superfície ele continuou para ter certeza de que eu estava aprendendo mesmo.
Esse tipo de interação é uma das melhores coisas da Manta Fest, além de todas as cervejas na beira da piscina e toda a diversão – aprender a fotografar melhor a vida marinha, e quem sabe sair da competição também com um prêmio legal.
Vertigo nos recebeu em sua típica forma hoje. Tivemos cerca de 40 tubarões-cinzentos e galha-preta-de-recife circulando sob o barco e nadando direto pra dentro de nosso espaço pessoal.
Mais cedo, Tim Rock estava falando sobre Vertigo e disse que é um dos únicos lugares no mundo onde se pode chegar tão perto de tantos galhas-preta – segundo ele, os blacktips são naturalmente tímidos e assustadiços. Aqui em Yap, entretanto, você chega quase perto demais.
Isso é o que você pode esperar quando faz um mergulho de tubarões da Manta Fest: ser rodeado de tubarões de recife que o tonteiam com seu padrão de nado.
Tivemos muito sol e visibilidade excelente, o que se traduziu em fundos azul-profundo para nossas fotos.
Eu não era o único no recife tentando usar as dicas de iluminação passadas na noite anterior – fotografando silhuetas com linhas mais definidas e aproveitando a luz do sol. Até aqui dá pra ver que as aulas e workshops estão gerando resultados.
Em seguida, vamos trabalhar histogramas e gerenciar imagens em RAW.
Mais Informação de Mídia e dos Profissionais
A palestra da noite foi feita por Frank Schneider sobre fotografia com modelos, dentro e fora d´água
Ray Bullion será o próximo com informação sobre fotos de câmeras não-DLSR, para ajudar os donos de compactas a tirar o máximo de resultados de seu equipamento.
Amanhã Bill e Patricia Acker estarão guiando três mergulhos a bordo do Popou, indo mostrar aos hóspedes as paredes recifais do sul de Yap. Durante todo o dia haverão oportunidades para macro e grande angular.
Fiquem ligados para ver algumas fotos tiradas pelos participantes; até agora eu andei perguntando e tendo como resposta o surrado “bem, as minhas ainda não estão prontas…”, mas eu vou insistir até conseguir postar aqui o material que está surgindo como resultado desta nossa Manta Fest 2013.